Desenvolvido, primeiramente, como um tipo de pager bidirecional com teclado QWERTY, o primeiro BlackBerry surgiu para criar uma diferenciada solução móvel ao otimizar a troca de mensagens de texto com outros aparelhos. Como estratégia de lançamento, a Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, participava de palestras e debates e distribuía um aparelho a cada um dos executivos, que poderiam utilizá-lo durante todo o dia. Ao final do evento, os CEOs e chairmen já estavam encantados com o gadget e acabavam levando unidades para casa – além de fecharem planos empresariais.
A partir de 2002, o aparelho ganhou acesso à Internet, desmistificando a idéia de que acessar sites pelo celular era algo praticamente impossível. Em casa, os smartphones iam parar nas mãos dos filhos dos executivos. Daí, o BlackBerry foi para o mundo: em 2007, a RIM já contava com 8 milhões de usuários. Em 2010, esse número saltou para 40 milhões e foi parar nas mãos de nomes ilustres, como o presidente Barack Obama e a apresentadora Oprah Winfrey.
Concorrente a altura
Apesar do sucesso, a RIM começou a ficar preocupada com o espaço no mercado a partir do lançamento do primeiro iPhone, em janeiro de 2007. Desde então, a empresa passou a realizar constantes atualizações em seu sistema operacional e a adotar estratégias diferenciadas de marketing para se manter competitiva.
Apesar de todas as tentativas, o aparelho da Apple abocanhou de vez a fatia de mercado que antes pertencia ao BlackBerry e o superou em número de vendas em 2010, o que é visível em qualquer pesquisa rápida em sites que vendem celulares e, principalmente, se analisarmos quantas pessoas conhecemos que têm um BlackBerry e quantos têm iPhones ou aparelhos de outras marcas.
Em 2013, a fabricante do primeiro smartphone esteve muito perto de ser vendida, mas contou com um aporte de US$ 1 bilhão pelo fundo FairFax Financial. A batalha, agora, é para voltar às origens e conquistar novos consumidores.
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