Conheça um pouco mais sobre os principais nomes que difundem a modalidade no Brasil e comece hoje mesmo a busca para ser como eles
A popularização dos eSports no Brasil vem em uma enorme onda nos últimos anos. O mercado move milhões de pessoas entre espectadores que acompanham tanto presencialmente quanto assistindo os conteúdos online. Os jogos e plataformas começaram a ganhar mais espaço no cenário brasileiro a partir da década de 80, mas hoje já se consolidaram, principalmente com novos “streamers”, que têm conduzido esse boom. Assim também passaram a surgir novos espaços no mercado e, inclusive, muitos jovens passaram a ter gosto pela profissionalização nos eSports.
Para entender melhor como tudo isso funciona e quais os principais caminhos a serem tomados com relação a este mercado, vamos, primeiro, conhecer um pouco mais sobre a história, de como os jogos de videogame se tornaram algo tão grande, transformados em esportes virtuais. Com o Apostar Certo você verá a proporção que esta prática tem tomado e até como as principais casas de apostas esportivas têm explorado este mercado que passou de promessa à realidade.
História dos eSports
Provavelmente você já deve ter ouvido falar que os jogos não são uma novidade tão próxima desta geração. Então lançamos a pergunta: Você sabia que os eSports surgiram na década de 70? Portanto, essa prática já possui uma história bastante rica em detalhes, que vamos abordar para chegar até nossa realidade no Brasil. Voltemos, então à década de 70, nas origens, para saber melhor como foi esse processo.
Década de 70
Em 19 de outubro de 1972 foi realizada a primeira competição de jogos eletrônicos. O Spacewar foi um dos primeiros para computadores e, a partir daí, foi escolhido para reunir jogadores e começar as disputas. O prêmio nesta primeira edição foi uma assinatura de um ano, de forma gratuita, da revista Rolling Stone. Isso já foi o suficiente para atrair jovens para o evento chamado de “Olimpíadas Intergaláticas de Spacewar”. O evento foi realizado nas dependências da Universidade de Stanford, na Califórnia.
Década de 80
Os anos 80 ficaram muito marcados pelo nascimento de uma das maiores empresas do ramo, a Atari. Assim, a marca teve o evento chamado “Space Invaders Championship”, que levou mais de 10 mil norte-americanos para buscar o prêmio máximo em dinheiro
Década de 90
Nesta viagem pelo tempo, podemos acompanhar que após 20 anos, já se tinha um avanço considerável a respeito das tecnologias e, além de novas marcas, mais em mais campeonatos passaram a surgir. A Nintendo ganhou ainda mais notoriedade ao organizar eventos grandiosos, que levaram muitos adeptos a participar. O “Nintendo World Championships” foi um marco nos EUA, justamente por não concentrar suas etapas em uma única sede. Com uma longa turnê por diversas cidades dos Estados Unidos, mais e mais pessoas se aproximaram da prática dos eSports, ainda que o nome não fosse esse, na época.
A finalíssima do evento ocorreu na Califórnia, fazendo com que novas edições fossem realizadas, como em 1994, com o evento chamado “Nintendo PowerFest 94”. A partir daí a popularização começou a tomar proporções mundiais, principalmente com cobertura da imprensa do mundo todo.
Anos 2000
A partir dos anos 2000 a globalização passou a ser algo ainda mais possível, devido a chegada da internet. Claro que neste momento o alcance não era o encontrado nos dias atuais, mas todo o processo foi extremamente importante para que os eventos chegassem a uma escala global, incluindo, é claro, países sem muita tradição em eventos oficiais das principais marcas de jogos e consoles. Foi a partir de tal popularização e, ainda com a famosa “internet discada”, que muitas pessoas passaram a se aproximar dos campeonatos de jogos eletrônicos. Portanto, barreiras físicas já não seriam mais um impeditivo para que outras pessoas tivessem o acesso aos conteúdos.
Anos 2010
Enfim, chegando mais próximos de nossa realidade atual, os anos de 2010 caíram como uma luva no projeto de expansão, que contou com a explosão e popularização da internet de banda larga, que facilitou a distribuição, com uma melhor qualidade de desempenho e gráficos. Com isso, grandes eventos passaram a ocorrer com ainda mais frequência. Ao todo, durante os anos 2000, 10 grandes eventos foram realizados. Porém, traçando um paralelo na década seguinte, o salto foi estrondoso, com uma alta para 160 eventos.
Entre os eventos mais aclamados por quem acompanha a história dos games, estão o World Cyber Games, o Intel Extreme Masters e o Major League Gaming. A partir destes grandes campeonatos, houve o nascimento de uma organização oficial, a fim de ter um maior controle na hora de realizar tais competições.
Assim também houve a adesão de equipes que já começavam a ganhar espaço nos campeonatos, o que foi o caso das sete principais: 4 Kings, Fnatic, MIBR, Mousesports, NiP, SK Gaming e Team 3D. No caso, foi com o surgimento da G7 o pontapé inicial das organizações que tratam hoje dos eSports.
Eventos no Brasil
A presença nos eventos realizados no Brasil, portanto, também passaram a aumentar de maneira massiva. O Allianz Parque se tornou palco de um grande evento direcionado ao League of Legends. Ao todo, a arena palmeirense recebeu um número maior que 10 mil espectadores, em 2015. No ano seguinte, a história se repetiu, mas agora no Ginásio do Ibirapuera, em que assim como no Allianz, foram reunidas mais de 10 mil pessoas para assistir aos principais embates
E aí vai uma boa dica se você pensa em se profissionalizar nos eSports. No caso de interesse de ingressar neste caminho, saiba que o mercado tem movimentado cada vez mais dinheiro, gerando ótimos benefícios financeiros, como em premiações gordas aos melhores jogadores e muito mais.
Para que se tenha uma ideia sobre a proporção, vamos ao ano de 2016, quando o torneio de League of Legends chegou a pagar aos vencedores das categorias um valor que chegou aos 6,5 milhões de dólares. No ano seguinte, no evento de DOTA 2 foi registrada a maior quantia paga como prêmio na história dos eSports. O time campeão recebeu 10 milhões de dólares, mas além disso, no montante de todas as premiações, foi dado um valor total de 24 milhões de dólares, o que é, com certeza, um incentivo e tanto para quem quer desenvolver as habilidades.
Futuro dos eSports e a era das plataformas de stream
Com a chegada próxima de uma nova década, já é possível imaginar o que poderá ser encontrado daqui para frente. As expectativas com relação ao mercado de games são muito positivas. Em 2020 uma nova geração de consoles já foi lançada com o Playstation 5 e o XBOX Series X e prometem, aos poucos, testarem novas tecnologias.
Com isso, mais e mais apaixonados pelos jogos eletrônicos irão acompanhar mais de perto as principais plataformas de streaming. E a busca desses meios se estende, não só para quem quer se tornar profissional, mas também para quem tem interesse em se tornar um torcedor mais assíduo ou, até mesmo, um apostador nos eSports. Por isso a prospecção é de um aumento ainda mais significativo nos próximos anos no mercado de jogos.
Hoje, estes valores que são envolvidos com o público mais apaixonado pela modalidade, chegam em torno de 1 bilhão de dólares movimentados. Em ano de pandemia de Covid-19, apesar de muitas pessoas estarem passando por momentos complicados envolvendo a parte financeira, não espera-se uma queda significativa, e o que se espera é que os valores se aproximem dos 974 milhões de dólares. Anteriormente ao período de quarentena, este número representava um prospecto de mais de 1,1 bilhão de dólares, o que deverá ser retomado a partir de 2021. Mesmo assim, com essa queda iminente, os valores são superiores ao de 2019, que teve uma marca alcançada de 950 milhões de dólares.
Principais nomes brasileiros nos eSports
Se você ficou tentado a acompanhar mais de perto a vida dos jogadores profissionais de eSports, é importante que se tenham alguns espelhos, para que sejam motivação a quem quer dar os primeiros passos dentro do mercado de games e, aos propriamente ditos eSports. Com a difusão de prêmios como o eSports Award, brasileiros estão figurando entre os principais nomes dos esportes virtuais no mundo. Para o ano de 2020, apesar de não terem faturado nenhum dos prêmios, seis brasileiros foram indicados às finais das votações.
As principais apostas brasileiras na edição 2020 do evento foram Alexandre Borba, o “Gaules”, que ficou na final da disputa da categoria melhor streamer e Gabriel Toledo, também chamado de “FalleN”, que ficou como indicado na categoria de personalidade do ano.
Porém, as honrarias não pararam somente nestes nomes. Outros brasileiros já se mostram como revelações e destaques em equipes e na organização de eventos relacionados ao mercado. Bruno “Nobru”, por exemplo é um dos atletas do time de Free Fire do Corinthians e concorreu no prêmio de melhor pro-player mobile de 2020. “Nobru” não só tem aproveitado o momento individual, como já está participando da criação de campeonatos autorais. No último mês de agosto, ele criou a “Copa Nobru” e estreou neste novo espaço de criação.
Outra revelação brasileira e que disputou na categoria de melhor apresentadora de 2020 é Ana Paula Cardoso, ou para quem a acompanha nas plataformas digitais, “Ana Xisdê”. A brasileira também conquistou o prêmio de melhor Caster de 2019, no Prêmio eSports Brasil.
Além dos nomes mencionados, ainda tivemos mais brasileiros que participaram como indicados aos Esports Awards 2020. Na categoria treinador de eSports do ano tivemos Wilton Prado, o “zews”, que faz parte do time de CSGO da Evil Geniuses na concorrência com outros grandes nomes mundiais. Também apareceu como indicado, mas na categoria pro-player revelação de console, Henrique Lempke, o “Zezinho”, que faz parte do time de Fifa do SL Benfica.